O exemplo da Duquesa de Alba e do Rey de Espanha.
Ao longo de séculos, os Alba acumulam 45 títulos nobiliárquicos (cinco ducados, um condado-ducado, 20 condados, um vice-condado e 18 marquesados) todos ultimamente em poder de Cayetana Fitz-James Stuart, falecida recentemente.
Cayetana Fitz-James Stuart mais conhecida como Duquesa de Alba, foi uma nobre e aristocrata espanhola, terceira mulher a deter o título Ducal de Alba por direito próprio, era a detentora de mais de 40 outros título nobiliárquicos registrado no Guinness World Records como a aristocrata mais titulada do mundo.
A menos que se trate de países inimigos ou sem relações diplomáticas (o que pode ocasionar uma suspeita de espionagem) não existe nenhum problema na cumulação de títulos em suas diversas matizes. Títulos possuem funções diferentes e modernamente não possuem mais as mesmas de antigamente, afinal apesar do Marquês, por exemplo, ser um título voltado à defesa fronteiriça e demarcatória, a evolução mudou certas coisas, fazendo com que, por exemplo um Barão, do Rio Branco, tivesse ação decisiva na defesa de nossas fronteiras (o que se deve também pelo retrocesso de 1889, que acabou com os títulos e com a beleza monárquica).
Doutro lado, diversos são os títulos da Coroa Espanhola, tantos que restam listados em ordem de graus de soberania, nobreza e honra, podendo ser inclusive históricos, caso em que são apenas nominais e/ou cerimoniais. Esta articulista possui títulos nominais, pro memoria e in intentione. Todos independentes, cada qual com seu brasão ou lisonja.
O Brasil ainda é pobre em doutrina de direito nobiliário, mais ainda em etiqueta de Côrte, poucas referências, daí a surgirem dúvidas como esta mesmo entre titulares. A dúvida surgiu num contexto de pessoas tituladas, se poderiam receber outros títulos sem prejudicar os existentes na família. É lógico que pode, de preferência sem a desfeita e ofensa de rejeitar uma titulação e passar imagem de desconhecedor arrogante da matéria.