O Brasil urge ser soberano

Não adianta os revolucionários varguistas e integralistas, preocupados com o controle globalista se alimentarem de um ódio ideológico contra a elite euramericana, quando em contrapartida, cegos ressentidos, subservem caninamente à elite eurasiana. 

Por Liam Bourn @LiamBourn on Twitter and Gettr

Ora, não adianta, para se livrar da raposa, pôr o lobo como guarda de seu quintal. Na era do pós-Guerra, os discursos macropolíticos das duas forças foram e são sempre divergentes, cada uma visando o seu fim imperialista de domínio indireto de recursos naturais de nações aliadas. 

Os globalistas visam o Brasil sufocado numa frágil república ditatorial parlamentarista, oclocrática e oligopolista, de viés internacionalista, com as instituições estatais fracas, neomarxistas e cooptadas, com os rumos geopolíticos do país dirigidos por embaixadas euramericanas. 

Os eurasianos visam o Brasil sufocado numa rígida república ditatorial parlamentarista, de economia estatizante, com o povo culturalmente alienado em uma ideologia ultranacionalista, simplista e belicista, e por um governo totalitário em função de uma elite político-partidária. 

Elite interna essa que, para se garantir, será subvencionada pela Inteligência da elite eurasiana a fim de que mantenha o Brasil longe dos interesses dos rivais euramericanos, ao preço de levar o povo, à medida do tempo, às mesmas condições de vida de regimes totalitários. 

No pretexto de combater os globalistas, levarão o país ao padecimento econômico, com a obliteração da classe média, ou seja, o mesmo fim que os globalistas almejam com os recursos e a economia interna não necessariamente estatizados, mas controlados por plutocratas oligopolistas. 

Como os homens do Partido nunca terão a autoridade tradicional e o espírito nacional de uma Casa Real junto ao povo, a ideologia precisa criar um inimigo externo emergencial a combater e um discurso salvacionista, em severo populismo demagógico, para convencer com sua autoridade. 

A solução à soberania do Brasil não é outra senão a restauração da psique do povo nacional pela propagação da religião com a sua moral transcendental e coragem pelo senso de eternidade, pela língua como canal de conhecimento, pela alta cultura como meio de entender a realidade. 

Mas tal condição nunca será estabelecida, se não houver um forte instrumento de garantia de estabilidade institucional e uma forte simbologia nacional e espiritual personificada, servindo, para o povo nacional, como exemplo tangível de referência histórica e de destino a seguir. 

Esse símbolo só advém do Poder Régio (Moderador), como instrumento estabilizador dos três poderes do Estado e protetor último desse visado estado de coisas da nação. Um poder que, dentro das regras da ordem natural, precisa ser semiabsoluto e hereditário para se autoproteger. 

Atributos que, com a sua mera existência, intimidarão previamente qualquer agente político subversor das instituições e, sobretudo, capaz de traçar, via Inteligência de Estado, uma ação histórica pró-nação, é dizer, um planejamento de Estado que perpassa o prazo da vida humana. 

Tanto a elite financeira euramericana quanto a político-militar sino-russa, independentemente dos seus discursos de ordem mundial ou multinacional, desejam em verdade que o Brasil fique em perene conflito interno republicano e, portanto, subdesenvolvido e sob seu fácil controle. 

Uma Monarquia Constitucional Parlamentarista por se tratar de um sistema misto, conforme a teoria de Aristóteles e Tomás, e segundo a marcha histórica confirma, é, ao fim, a mais adequada forma de governo que conjuga os direitos civis com a robusta Defesa Nacional do seu país. 

Somente um Chefe de Estado hereditário, preparado desde a sua infância nos saberes da guerra e da política, isento de conflitos partidários e pressões de queda, fitado em garantir o estado de sua Casa por meio do bem-estar do povo, pode oferecer melhores condições para um país. 

A república moderna é imprópria para países de dimensões continentais e inviável para a atual conjuntura global de guerra cognitiva de narrativas e híbrida. É uma invenção da modernidade, fruto de revolucionários anticlericais, adotada por todas as ditaduras dos últimos séculos. 

Está fincada em premissas lógicas falsas, como a maioria popular e o voluntarismo político como fontes da excelência e verdade; é necessariamente guiada por ideologias populistas e revolucionárias (gnósticas); quando não é dominada elite financeira, é pela elite político-militar. 

Os monarcas falham, mas bem menos que os achacados ditadores e frágeis presidentes em suas posições precárias; na ótica do realismo, evitando idealismos do republicanismo, é de todas as formas a mais pragmática, logo, longeva e segura. Se é ruim com a Monarquia? Pior sem ela! 

A ‘Solução Franco’, à primeira vista, é o caminho para se aderir. O Estado Maior e a Casa Imperial precisam, de algum modo, traçar um projeto para o país. Trata-se de uma solução não ideológica, mas, como alguns dizem, a mais pragmática das soluções, dentro de todas as opções. 

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