Caos desinformativo

O Brasil vive um caos constante e proposital no debate público. Desinformação leninista plantada diariamente por diversos órgãos de mídia que centralizaram sua fonte de renda em governos estaduais e municipais; agem como assessorias de comunicação desses governantes.

Alguns exemplos recentes a destacar: “caso do leite condensado”; “Flordelis recebendo cargo na gestão Arthur Lira”; “Bolsonaro enfraquece a Lava-Jato apoiando Lira e Pacheco”; “no voto auditável o eleitor poderia levar o voto para casa”, dentre outras, reproduzidas em poucos dias e desfeitas por internautas e jornalistas independentes.

Jornalistas independentes e internautas passam os dias a desmentir e atuar como “apagadores de incêndio” criados pela mídia desinformante, até que seja revisto o sistema de concessões e incentivos para mídias independentes.

A dependência de verbas para o pagamento de contas e salários tem levado os órgãos da velha mídia, como chamamos, a condicionar suas manifestações “ao gosto do pagante” e apesar disso são credenciadas e acreditadas pelo governo e por outros atores, numa relação que se assemelha ao “alimentar um leão, para ao final ser devorado por ele’”

Mídias independentes carecem de técnica pura do jornalismo e devido ao sucesso e engajamento que possuem, acompanhado da monetização – enquanto se tornaram uma espécie de entretenimento – não recebem a mesma acreditação por parte do governo e vivem num eterno confronto com a velha mídia, cada vez mais desacreditada pela sociedade, em tempos de paz, mas com picos de credibilidade em momentos de caos.

Caos favorece a velha mídia.

Ondas de insegurança causam efeito positivo para esses órgãos, que até por isso, criam mais turbulência e fingem fazer jornalismo, aproveitando da técnica jornalística e mentindo no essencial, no fato.

Formado o quadro grotesco, seguem as crises institucionais.

As matérias da mídia desinformante geram declarações de ministros do Supremo Tribunal Federal (“desgoverno”, “obscurantismo”, dentre outras) que extrapolam em muito as funções de um órgão judicante.

Essas matérias geram entrevistas e declarações de opositores políticos (governadores, prefeitos e líderes da oposição) contra as vítimas preferidas de enquadramento, como: o presidente Jair Messias Bolsonaro, a prefeita de Bauru e a deputada federal Bia Kicis, indicada para ser a titular da CCJ e enquadrada como “extremista”.

O ambiente de caos gera opiniões desestabilizantes da república, mesmo sem qualquer consulta, como por exemplo, ministros do STF brasileiro vindo a público tecer manifestações sobre a invasão do Capitólio (?). A Suprema Corte americana não fez isso, porque conhece o seu lugar e funções.

Em resposta às matérias alarmistas e criadores de factoides e inimigos imaginários, o  Senado aprovou a lei de censura, PL 2630/20 violando pactos de direitos humanos ligados ao direito de expressão e de proteção ao credo religioso e suas objeções de consciência.

Prestigiando o inexistente, ferem o existente e consolidado.

O mesmo Senado aprova leis de alienação do solo brasileiro para estrangeiros e não cumpre sua função mais exigida nos últimos tempos: pautar impeachments de ministros do STF.

Os governos democráticos ao redor do mundo, notadamente no exemplo dos Estados Unidos, estão em franca ruptura democrática devido à processos reiterados de desinformação, nas escolas, na mídia, na história.

Exemplo recente ocorreu no complô midiático no qual a mídia americana se auto investiu do poder de declarar o vencedor das eleições, contra as leis eleitorais vigentes.

Ainda nos Estados Unidos: o caso das Big Techs que investiram milhões de dólares na campanha de Joe Biden para perseguir, via agências de checagem comunistas,  páginas, perfis e plataformas conservadoras, em atuação de cartel, culminando no desligamento dos servidores da rede social Parler pela Amazon.

Parler cometeu o crime de permitir o discurso livre e sem censura.

A censura ao Parler pode ser entendida como ato de cancelamento previsto nas diretrizes da internacional comunista explicado em detalhes no livro “Depoimento” de Carlos Lacerda (1914 – 1977).

Ou seja, se na época de Lacerda já havia cancelamento, imagine agora.

Os institutos de pesquisa mais destacados nos últimos anos foram Data Folha, do mesmo grupo empresarial do jornal desafeto do presidente Bolsonaro (Folha de São Paulo) e Ibope, que encerra suas atividades este ano, mas durante muito tempo trouxe projeções absurdas para possíveis vencedores nas eleições.

O grupo O Globo foi sabidamente o maior cliente do Ibope durante longo período.

Esses institutos foram os responsáveis pela perda da credibilidade das pesquisas no Brasil.

O cliente sempre tem razão” nunca fez tanto sentido nos erros homéricos havidos por estes institutos.

Mas qual a razão deste procedimento? Será por saber que o povão não gosta de votar em candidato que está “perdendo”? Por isso também agiram como desinformantes, realizando manipulação de muitas eleições passadas no Brasil.

Concluindo, a mídia no Brasil precisa passar por uma refundação, um novo marco, sob as políticas de mercado, com interferência mínima do Estado, ressalvados os direitos de indenização e responsabilização por danos. É medida urgente para acabar com o caos desinformativo.

Publicado primeiro no Vida Destra, 04/02/2021.                                                                 

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