A mentira da regulação da mídia pela esquerda

Quem nunca ouviu falar do tema da democratização da mídia como medida necessária para reduzir o poder de “poucas famílias” que detém a propriedade destes veículos?

A criminalização do empresariado sempre está em voga na esquerda. Esquecem que essas empresas se formaram por concessão, empregam muitas pessoas e pagam tributos, além de integrarem o país ao mundo pela comunicação com a mídia internacional, etc.

Por trás deste discurso estão: “luta contra oligopólios, luta contra elites, luta contra imperialismos, luta contra a concentração privada da propriedade, luta contra o poder do capital, luta contra a acumulação de capital”.

Impossível não lembrar das ideias defendidas pela internacional comunista e do livro “O Capital” de Marx.

A contradição existe no fato de que, os mesmos que criticam os monopólios de mídia ou a concentração de veículos nas mãos de poucas famílias, defendem o estado gigante (tudo no estado, nada fora do estado, de Mussolini).

O direito de “todos e todas”, pluralidade de agentes e luta contra o capitalismo. Ou seja, doutrinação comunista aplicada ao jornalismo.

O problema é que o conceito de “campeões nacionais” dos comunistas é facilmente realizável na imprensa.

Assim, para os “democratizadores” alguém enriquece às custas do trabalhador (jornalista) e é esse o problema, pois, numa releitura de “o capital” aplicada às telecomunicações, porque, tendo a esquerda doutrinado a categoria de jornalistas de dentro das faculdades – pelo corpo acadêmico tomado – ainda tem coisas que saem do controle da “revolução proletária”.

Por outro lado, a regulação dos órgãos de mídia favorece a prática da desinformação enquanto tática criada por Lênin para mudar a história (e o que é o jornalismo senão o registro de pequenos fragmentos da história?).

Uma mídia regulada na mão de um governo comuno-socialista como o de Dilma Rousseff é a forma perfeita de “enquadrar” desafetos para assassinato de reputação (o que já é praticado, por exemplo, contra o atual Presidente e seus ministros mais ideológicos sem a esquerda estar no poder).

Ainda, daria perfeitamente, por meio de especiais e programas de reportagem, para aplicar teorias do agendamento e desinformação, “mudando o passado”, “matando” a memória de pessoas (como fizeram com os heróis do período monárquico pela ação de historiadores comunistas).

Isso é comum nesse tipo de discurso. Partindo de um tema “legítimo” como “todos podem comunicar” e depois, uma vez ganha a audiência, passa-se a atacar a propriedade, o lucro, o capital, repetindo na mesma cantilena irritante as máximas marxistas.

Quem não viu isso acontecer em franquias de filmes de Hollywood, novelas, livros, documentários, etc?

A única democratização possível para os meios de comunicação de massa é a total liberdade de mercado, desburocratização de legalização e operacionalidade como direito constitucional, conforme o artigo 170 da Constituição Federal que versa sobre liberdade econômica.

Essa é a verdadeira democratização.

Até mesmo o argumento comunista de fazer com que a “sociedade participe do processo de democratização da forma comunista” é enganoso.

Na verdade o que se busca é a tomada de decisão na forma de coletivos sovietes especialmente plantados para essa finalidade.

Estes coletivos, apesar de não traduzirem a vontade do povo real, dão a ideia contrafeita de que sim.

A única maneira de fazer democratização da mídia com respeito ao interesse social, público e do capital privado é respeitar acima da liberdade de imprensa, a liberdade de expressão das pessoas, que tem sido cerceada no Brasil.

Principalmente quando o discurso não coaduna com o hegemônico presente no meio do jornalismo que é o discurso comunista.

Carlos Lacerda já denunciou há muito isto por meio de seu jornal e no livro “Depoimento”.

Se pararem de regular e perseguir o discurso contrário, e as pequenas mídias e jornalistas independentes nas redes sociais, funcionará perfeitamente.

Deixem-nas em paz, o mercado decidirá o que quer assistir.

Ainda no intuito de melhorar a normativa de concessões e facilitar a concorrência: fazer valer a lei societária para efetivar cassação de concessões de empresas com desvio de finalidade e crimes fiscais, possibilitando autonomia geral às afiliadas em havendo quebra de concessão por estes fatores.

O sistema de comunicação brasileiro atual é péssimo por apenas validar empresas prostituídas da velha mídia e doutro lado, perseguir, desvalorizar, discriminar mídias independentes (inclusive conservadores), até mesmo  criminalizar discursos contrários à ideologia reinante nas redações e nos sistemas de mídia, pela omissão de deixar empresas criminosas sem punição por parte da agência reguladora/ministério das telecomunicações.

A verdadeira comunicação, praticada nas mídias independentes, em pequenos sites e nas redes sociais é perseguida, tachada e criminalizada, então o problema não é a concentração, mas o fato de que alguém enriquece com verbas de mercado e de propaganda oficial que não é “o crítico”.

Parte da solução seria a existência de “concessões recorrentes” para pequenos veículos e incentivos, visando eliminar as dificuldades de ingresso nos sistemas para “outsiders”.

Para começar, os profissionais (jornalistas) deveriam parar de reforçar os oligopólios, pois, se o que está fora desses grupos é “ilegítimo”, quem ganha? O veículo ou os seus “soldadinhos”?

Quando um jornalista se torna desempregado e precisa virar blogueiro para sobreviver, quem ganha? Parece claro que os veículos não sofrem prejuízo algum. O que quero dizer é que a esquerda diz odiar o capital mas suas posturas públicas só fazem fortalecer o capital cada vez mais.

Hoje em dia eles aceitam e replicam a mesma notícia sem qualquer vergonha de denotar cartel.

Assim, não se tem mais linhas variadas de discurso, mas todos os grandes jornais falam a mesma coisa, a ponto de se ter várias capas iguais.

Esse é o grande prejuízo, não de lucro ou concentração de renda, mas da hegemonia do discurso, deformando a opinião pública e utilizando a prática de desinformação para causar caos social.

                                                           

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