Por Liam Bourn – follow @LiamBourn on Twitter and Gettr
A solução intelectual para o Brasil é a restauração da alta cultura, das tradições nacionais e da orientação cristã, como meios para reviver o senso de humanidade e oferecer resiliência psicológica contra as ideologias de massas.
Mas, em conjunto, uma atmosfera propícia é necessária: mantida pela existência de garantias não apenas burocráticas, mas personificadas, naturalmente inteligíveis que transmitem senso de direção e confiança. É vital uma estruturação também. Assistam.
Deve-se ter em mente as garantias constitucionais inerentes à Monarquia. Enquanto a monarca ocupa o cargo mais alto do Estado, ninguém pode se apoderar do país; enquanto ele for o guardião da nação e a tudo que lhe associa, nenhum político pode assumir os tribunais.
Embora o monarca esteja no comando das Forças Armadas, nenhum aspirante a ditador pode assumir o Exército ou as outras Armas. O poder mais precioso do Monarca, se for para definir um, é negar o poder de primazia a qualquer salvador ou usurpador em nome de símbolos da modernidade.
A pergunta é: existe forma de Governo que impediria uma ruptura constitucional (golpe de Estado) por parte da união das FFAA? Não existe! A monarquia por gozar de hereditariedade, de significado histórico-nacional e, por natureza, o monarca já ser um militar é muito mais difícil.
O argumento de defesa acerca da monarquia não está viciado por falácias do absoluto ou da falsa dicotomia (ou é perfeita, ou não é). A defesa a favor da monarquia está pautada na probabilidade, é dizer, naquilo que ela oferece de universo de vantagens em relação às desvantagens.
Objetivamente, pelos próprios membros da Casa Real serem criados dentro das FFAA, muitos dos quais seguindo carreira até o mais alto posto, com exceção a do monarca, obviamente, há uma cultura, uma tradição e um espírito a favor da própria manutenção da monarquia.
Qualquer mente militar, uma vez dirigida pelo realismo e naturalismo das regras do mundo, bem como, estudada em Ciência Política, sabe que a Monarquia, no caso, a Constitucional, dentro da conjuntura democrática moderna, é o melhor modelo quando comparado a qualquer república.
O problema do Golpe de XV, além da canalha positivista e tramas políticas internas e externas (interesses geoestratégicos de Impérios concorrentes), era que a Casa dos Bragança era frágil à época, isto é, muito reduzida e com poucos homens ou nenhum outro parente dentro das FFAA.
A única maneira de dar um Golpe de Estado em um país monárquico é exatamente por omissão ou motim dos generais. Já a República sofrer uma ruptura de vários modos, inclusive, por meio da promulgação de leis espúrias e interpretações jurídicas que destroem as instituições do país.
Qualquer tentativa de adulteração da prerrogativa do monarca, de ameaçar a higidez das instituições orgânicas do Estado e, portanto, a sobrevivência e a liberdade futura da própria nação, deve ser firmemente resistida.
Um velhinho (Professor Olavo de Carvalho) causou uma revivescência conservadora que não havia desde o Império. Antes de qualquer especulação de resultado, o básico há ser feito: o discurso monárquico há de penetrar e reformar o imaginário popular e seguir para as novas gerações. Então, let’s see what happens!
“A função constitucional mais importante da monarquia é simplesmente estar lá: ao ocupar o plano constitucional mais elevado, ela nega o acesso a forças mais sinistras, a um presidente partidário ou corrupto, a um divisor da nação, ou mesmo, a um ditador.”
– Sir Michael Forsyth