Por Liam Bourn | Follow @LiamBourn on Twitter/Gettr
Eis o exemplo concreto do ethos neutralista positivista que corrói a inteligência das figuras do Exército brasileiro. Ora, para materializar esse romantismo teórico e míope, é preciso que a contraparte também esteja imbuída do mesmo fim maior, a nação.
Só que o fim maior do Brasil como nação soberana, de um povo autoconfiante, que preserva a sua orientação histórica, valores fundantes e tradições de identidade, não é o mesmo dos movimentos de Esquerda, dos grupos de interesses internacionais e de cleptocratas internos.
O fim maior da Esquerda e dos demais verdugos é sempre a conquista e o controle hegemônico do poder. Eles se movem, até intuitivamente, dada a natureza diabolicamente materialista e utilitarista que os açula, pela dialética leninista (os fins justificam os meios camaleônicos). Eles se valem de modismos ideológicos que convêm durante o Zeitgeist e de agentes políticos que veiculam tais discursos.
O problema desta geração de militares pós-Regime é raciocinar sob o vício da ofegante ansiedade de fugir da etiqueta que a Esquerda lhes pregou de “ditadores”.
Parece que essa geração está mais preocupada com o que Establishment revolucionário pensa de si, idealizando a autoimagem de elite sofisticada e intelectual fardada, do que com as conexões de causa e efeito da realidade que se apresentam e sinalizam terrivelmente contra o Brasil. Unidade coletiva…
Isso não existe no mundo real! Só existe em teorias livrescas! É exatamente por esses vícios da Mentalidade Revolucionária que se faz acreditar na pretensão pueril e estúpida, ao mesmo tempo diabólica, de antecipar o paraíso na Terra (Imanetizar o Eschaton).
Os conflitos de interesses sempre existirão no mundo real! Sobretudo, em relação a terras de extrema riqueza, como no caso da Amazônia. Vence quem conseguir impor as suas pretensões.
Às vezes, os bons vencem, via ações adequadas e necessárias, guiados por sabedoria e coragem. Na maioria das vezes, porém, o mal prevalece, por razões óbvias, porque não é amparado por limites morais e freios transcendentais. O mal tem um apelo simplista que vence e demagógico que convence. Eis a humanidade mundana!
Não há vitória por omissão: a essência do neutralismo.
Espero que jamais substituam os quadros do valente monarquista Duque de Caxias das paredes dos quarteis e nomeiem Neville Chamberlain como patrono do Exército brasileiro. Estou com um pressentimento terrível de que isso pode acontecer a qualquer dia, se depender deste Governo.
“Cremos por instinto que o mal sempre se derrota a longo prazo. O pacifismo se baseia amplamente nessa crença. Não resista ao mal e de algum modo ele se destruirá. Que evidência há disso? A não ser que uma força militar estrangeira aja e o mal seja destruído.“
– George Orwell