Por Marcio Gualberto* follow @depmgualberto on Twitter
Enquanto mais de 140 mil pessoas aguardam atendimento na área de saúde, o Prefeito e seu discípulo tiranete-mirim, Daniel Soranz (Secretário de Saúde do RJ nas horas vagas), implementam medidas ditatoriais e se preparam, como se não houvesse amanhã, para as festividades do final de ano e para a grandiosa aglomeração do carnaval.
Eduardo TIRANETE Paes e Daniel TIRANETE-MIRIM Soranz se esforçam para distrair os cariocas com o já conhecido “PÃO E CIRCO”, e lançam em todo o Município do RJ uma grande cortina de fumaça.
Já teríamos motivos suficientes para desejar vê-los bem distantes da política, mas, como dizem, “o que está ruim, ainda pode piorar”. E aconteceu que um raio caiu num mesmo lugar por duas vezes: “Pinky e Cérebro” importaram uma iniciativa que nos recorda alguns dos piores dias da humanidade no século passado.
O passaporte sanitário retira pessoas saudáveis do convívio com seus semelhantes, segrega, divide, constrange, propaga o preconceito, institucionaliza a discriminação, cria pessoas de segunda classe, torna cidadãos honrados na escória da sociedade e NÃO RESOLVE OS PROBLEMAS EXISTENTES.
Os dois grandes representantes da hipocrisia e da enganação, Paes e Soranz, estão empurrando para os cidadãos não-vacinados a responsabilidade pela não-imunização-satisfatória-dos-vacinados. Quem irá pagar pela mediocridade do Prefeito e do seu Secretário são os governados — nada mais absurdo! E, por isso, a pergunta: A função de esterilizar o vírus, não deveria ser das vacinas existentes e de políticas públicas consistentes?
Quanto a isso, silêncio total. É muito mais fácil jogar a culpa de um fracasso para os outros e apontar o dedo acusador na direção daqueles que não são responsáveis pelos problemas. Essas atitudes, apesar de serem indignas, não surpreendem ninguém, pois a dupla dinâmica já é conhecida de outros carnavais.
Eles são mestres na arte da ilusão e tiraram nota 10 na última eleição municipal. Fazem parte de um grupo – se é que podemos chamar assim – que faliu não somente o Estado como o Município também. Aliás, na famosa “FARRA DOS GUARDANAPOS”, o Nervosinho da Odebrecht estava presente. O personagem que está à frente do Município do Rio de Janeiro é o herdeiro direto desse passado vergonhoso da política fluminense. Nem mesmo nos meus piores pesadelos poderia imaginar que teríamos dias tão obscuros Naquela que é considerada a Cidade Maravilhosa.
O melhor da nossa Cidade, sem dúvida alguma, é seu povo e, tendo a certeza disso, sonho com o dia que seremos maravilhosos não só no aspecto populacional ou naqueles que dizem respeito, por exemplo, aos recursos naturais e históricos, mas também na qualidade de nossos governantes. Que Deus, na sua infinita misericórdia, realize esse sonho.
E que um dia o bem comum esteja bem acima dos interesses pessoais daqueles que nos governam. Que assim seja.
*Márcio Gualberto, católico, inspetor da Polícia Civil e deputado estadual no RJ.