Por @liambourn Follow on Twitter and Gettr

Difícil acreditar que este estado de coisas provém só da leniência do Quixote, exclusivamente de sua inabilidade de antevidência política, de sua imaturidade intuitiva de lê personalidades e da sua falta de presença de espírito contra as artimanhas do poder interno e externo.

Ou seja, ele foi e está, de fato, calçado por uma maioria de fracos, despreparados e inocentes aventureiros, que não imaginaram que enfrentariam um Leviatã nacional e internacional, ingressando em uma jornada sem meios adequados e necessários para garantir o projeto de governo.

A única estratégia foi depositar fé nas balizas espirituais dos indivíduos que são da elite do poder, pressupondo que todos seriam subjugados só por intimidação pela presença de bravatas e músculos verde-oliva e, pior, metonimicamente, crendo na lealdade patriota do bloco bélico.

Nunca intuíram o tamanho do Leviatã que desafiariam; amadoramente não se prepararam com inteligência e Inteligência, apenas optaram pelo otimismo histérico.

A responsabilidade do Brasil distópico do porvir é também de todos os amorfos Sanchos Panças que se conformaram ao absurdo.

As trevas só prosperam na ausência de luz. É assim na dicotomia política e da guerra!

Como disse Rollo May, o antônimo da coragem não é a covardia, mas a conformidade. Isso que é muito pior, haja vista que é o peixe morto que acompanha o fluxo da água, e não o covarde.

“Existe uma estranha interdependência entre a falta de pensamento e o mal. (…) Essa incapacidade de pensar criou a possibilidade de muitos homens comuns cometerem más ações em uma escala gigantesca, como nunca tinha sido visto antes. E espero que o pensamento dê às pessoas a força para evitar catástrofes nesses raros momentos em que as fichas estão na mesa.“- Hannah Arendt