Crivella comenta em vídeo irregularidades de sua prisão

O ex-prefeito fez um desabafo emocionado, após agradecer ao STJ por sua liberação para responder investigações em prisão domiciliar, comentando ainda as condições irregulares de sua prisão e relembrando, tristemente, o falecimento de sua mãe enquanto esteve detido.

Ex-prefeito comenta sua prisão e a morte da mãe
Reprodução Instagram

O ex-prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella publicou no sábado (20) um vídeo em suas redes sociais para comentar a ordem de prisão de recebeu ao final do mandato de prefeito da cidade do Rio de Janeiro, em dezembro do ano passado.

Destaca que em dois anos de investigação, o Ministério Público não havia obtido nenhuma prova contra e que sofreu prisão preventiva infundada, sob alegação de que no período de nove dias faria “o que nunca tinha feito em 3 anos, 11 meses e 21 dias de governo, ou em quase 20 anos de vida pública.

“No curso das investigações, pedi publicamente para ser ouvido, ofereci meu sigilo bancário, fiscal, telefônico”, afirmou o ex-prefeito.

No vídeo com mais de três minutos publicado no sábado (20), Crivella agradece aos tribunais superiores por ter ficado preso em caráter domiciliar e se emociona ao falar da morte da mãe, falecida enquanto esteve detido, em cujo funeral participou com autorização judicial.

“Quero agradecer muito a Deus pelo Superior Tribunal de Justiça ter nos concedido o direito de cumprir a decisão domiciliar. Agradeço também ao Supremo Tribunal Federal que retirou as cautelares. Agradeço aos nossos advogados e a todos que oraram por nós e enviaram mensagens de esperança e fé”, afirmou.

“Agradeço também, sobretudo e principalmente a minha família: esposa, filhos, nora, genro, e lamento muito terem passado o que passaram. por fim, peço a Deus que ninguém jamais sofra a injustiça que cometeram contra mim, minha família e meu governo ou sintam a dor que senti por ter perdido minha mãe durante esse momento tão difícil.

Crivella menciona detalhes do dia de sua prisão no dia 22 de dezembro e do momento em que recebeu o mandado de prisão. “Às 5h45 da manhã do dia 22 de dezembro, nove dias antes de terminar o governo, recesso do judiciário batem à porta da minha casa com um mandado de prisão sob a alegação de que, como prefeito, eu poderia destruir provas, constranger testemunhas e realizar pagamentos indevidos em um suposto esquema de propina que furava fila nos pagamentos a fornecedores.”

“Em dois anos de investigação, o Ministério Público não havia obtido uma prova sequer contra mim. Ainda assim, sofri prisão preventiva sob alegação de que nesse período de nove dias eu faria o que nunca tinha feito em 3 anos, 11 meses e 21 dias de governo, ou em quase 20 anos de vida pública. No curso das investigações, pedi publicamente para ser ouvido, ofereci meu sigilo bancário, fiscal, telefônico”, disse Crivella em vídeo. 

Crivella declarou ainda que, “se tivessem aceito, veriam que nos anos de vida pública recebi de rendimentos declarados no Imposto de Renda salários e direitos autorais em valores atualizados R$ 35.169.516,60 e tudo que possuo é o apartamento onde eu moro, porque doei a maior parte desses recursos.”

O ex-prefeito do Rio de Janeiro afirmou ainda que outros recursos “nem passaram na minha conta foram direto para as entidades: como os que recebi com contrato com a sony music, venda de CDs ou mesmo o prêmio do Show do Milhão no SBT.”

Crivella foi preso na manhã da terça-feira, dia 22 de dezembro, no Rio de Janeiro em uma operação da Polícia Civil e do Gaocrim/MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro). Ele foi detido em casa, na Barra da Tijuca, no bairro Península, conduzido à Cidade da Polícia, no Jacaré, cuja detenção fez parte da Operação Hades, que visa apurar supostos desvios por meio de um QG de propina.

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