Técnicos da rede social manifestam preocupação com matérias jornalísticas baseadas em pesquisa sobre a suposta presença massiva de robôs em conversas específicas no Twitter no Brasil.
Aplicativos e pesquisas de terceiros que se valem da API para tentar adivinhar se contas são robôs têm se mostrado metodologicamente falhos, porque só acessam sinais externos dessas informações sendo muito limitadas em relação àquelas de que o Twitter dispõe para determinar se uma conta é ou não uma automação indevida, o que pode levar a falsos positivos.
Inferências como essa não levam em conta as medidas defensivas do Twitter para garantir que o conteúdo automatizado não influencie as conversas na plataforma, uma vez que essas iniciativas não são refletidas em tempo real na base de dados utilizada por terceiros para pesquisa.
O Twitter conduziu uma investigação interna sobre as conclusões da pesquisa e não encontrou manipulação coordenada generalizada, mas seguirá acompanhando de perto essas conversas na plataforma.
Recentemente o analista de dados Diego Garcia obteve mais de dez mil tweets para analisar fluxo na rede e asseverou que se trata de usuários reais.
Em outra oportunidade, realizou uma análise completa em tempo real e registrou a experiência no Twitter.
Garcia em outras oportunidades confrontou estudos que embasaram matérias jornalísticas de mídias de esquerda a provarem suas teses e resultados, mas não obteve resposta. Os resultados compilados pelo profissional estão neste link.
Por isso, matérias baseadas em estudos que insinuaram conteúdo automatizado no Twitter, via aplicativos e pesquisas de terceiros porquanto metodologicamente falhos, são inverídicos.
Nesta thread publicada em 05 de abril de 2020, há compilação dos tweets que embasaram esse texto.