Ordem dos Jornalistas do Brasil: entidade jornalística presente no front contra a censura

Entidade jornalística defende a categoria após recentes episódios de censura, enquanto entidades militantes de esquerda negam apoio aos jornalistas e comunicadores prejudicados.

Na última semana, diante do pedido de censura e demissão feito pelo governador de São Paulo à emissora Jovem Pan contra o jornalista Rodrigo Constantino e do banimento pelo YouTube do maior canal de notícias conservador da américa latina, Terça-Livre, liderado por Allan dos Santos e equipe, associações de classe como Fenaj (Federação Nacional de Jornalistas), ABI (Associação Brasileira de Imprensa) e entidades como a Abraji deixam a ideologia superar a missão institucional.

No caso do Terça-Livre, além dos vídeos transmitidos pelo YouTube, a empresa produz vários materiais jornalísticos como revista, diário e dois boletins (manhã e noite) em vídeo, bem como emprega alguns jornalistas.

Neste cenário a Associação Nacional de Comunicadores Independentes (ANCI) atuando como reunião de veículos próximos (aparenta não admitir associados no momento) emite nota, bem como a Ordem dos Jornalistas do Brasil.

A OJB vem, desde os abusos na utilização do título “blogueiro” (de maneira depreciativa, para denominar jornalistas independentes), se manifestando em prol da coerência, desta vez não foi diferente.

Constantino teve seu reconhecimento como jornalista negado pela FENAJ, que alegou após pressões, que não se trata de profissional registrado.

Por sua vez, Terça Livre passa por plena campanha de banimento, amargada antes pelos veículos americanos Infowars e GAB; em censura capitaneada pelo grupo cyberfascista Sleeping Giants, atualmente sob investigação.  

Em ambos os casos, a OJB se fez presente.

Trata-se de, segundo Derosa -Estudos Nacionais, falando de outra hipótese, mas plenamente aplicável: “uma conspiração movida por bilionários para descredibilizar pequenos e humildes pasquins locais, que lutam bravamente sem recursos para dizer a verdade contra esses bilionários.”

A Fenaj que nega assistência a um dos maiores jornalistas do país perante grave ameaça de um político, classifica como “ataques ao jornalismo”, dentre outros temas, a falta de fé no conteúdo das notícias publicadas pelos grandes e poderosos grupos de comunicação.

Quando o consumidor, por exemplo, não gosta do serviço prestado por uma empresa, deixa de buscar por seus produtos e serviços e depois de certo tempo, é esperado que esta empresa vá à falência.

Este parece ser o caminho da Fenaj, ABI e outras associações de imprensa, por outro lado, a OJB escolheu o caminho da verdade, proporcionalidade e razoabilidade.

Independentes sabem valorizar apoios como esse. Está na hora de participar, recomendar e, para os profissionais do jornalismo independente o ingresso na OJB, quando poderemos, com certa possibilidade de vitória, esperar defesa da classe dos jornalistas independentes, por Entidade com reputação de utilidade pública desde o Estado Novo e renovação de legitimidade em  1989.

— Renata Araujo é especialista em jornalismo político pela UnyLeya, fundadora do site www.tribunadesantacruz.com e colunista da revista Vida Destra.

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