O Tribuna Entrevista traz mais um artista gráfico que busca contar a história recente do Brasil por meio do desenho, do HQ.
A jornalista que vos escreve ama quadrinhos desde a Mafalda, a ponto de usar roupas como as dela durante uns 2 anos (risos); procurando entender os dilemas da descabelada mais querida que, parece até hoje estar no meu imaginário de uma maneira bem impressionante.
Posso dizer agora, olhando para trás, que me tornei uma Mafalda crescida, muito embora tenha vindo para o conservadorismo.
Esse é o poder da HQ, vocês tem um exemplo vivo aqui.
Um certo dia, navegando no Twitter, me deparei com uma história em quadrinhos incrível, muito antenada com os eventos recentes.

A história era “A saga das tias do zap” e o autor o Richards Pozzer, que doravante chamarei apenas de Pozzer.
Sem mais demora, vamos às respostas do artista, que, esperamos, possa influenciar a muitos com seu trabalho.
TSC: Fale um pouco de você e como entrou nessa vida (risos).
Pozzer: Eu tive um ‘insight’ assistindo um vídeo dos Brasileirinhos.
Eles perguntaram: “-Como é que vamos contar tudo isso que está acontecendo?”. Eu penso que vamos contar com livros, músicas… e eu gosto de histórias em quadrinhos. Achei um jeito de contar parte da história do Brasil.
TSC: Qual é seu produto e principais personagens?
Pozzer: O produto principal é a “Saga das tias do zap”.
Personagens eu não tenho um em específico, mas os seguidores, quando comentam algo relevante ou interessante acabam se tornando parte da história. Eu procuro colocar a opinião pública sobre os ocorridos em Brasília.

TSC: O que é genial, aliás, fica rico, atual. Traz pertencimento à causa. E quando você percebeu que ser ilustrador de histórias em quadrinhos seria sua profissão? É a única ou apenas hobby?
Pozzer: É apenas um hobby. Eu trabalho como engenheiro de produção industrial.
TSC: Qual é sua principal influência artística?
Pozzer: Sem dúvidas o Stan Lee. Todo o universo Marvel é recheado de sagas com dificuldades e triunfos.
TSC: Histórias reais ou ficção?
Pozzer: Gosto dos dois. Há momentos em que a vida imita a arte e é assustador. Gosto da ficção científica para inspiração em novas tecnologias.
TSC: Quais os temas que você prefere abordar nos roteiros de seus quadrinhos?
Pozzer: O tema gira em torno do povo. Como o povo assimila e reage diante dos fatos políticos. Ninguém mais fica desinformado. Eu procuro trazer à tona temas mais profundos que vão além de uma hashtag.

TSC: Quais as principais características da sua linha de trabalho?
Pozzer: É ilustração de forma simples, edição de imagens e com uma pitada de humor. O humor não sarcástico, que tem por objetivo transmitir questões profundas da política e cultura.
TSC: Quer ter seu trabalho exposto em quais lugares? Deseja publicar?
Pozzer: No momento eu deixo exposto no site http://truebrazil.org
Desejo publicar, mas ainda é um projeto distante devido à capitalização de recursos.

TSC: Já pensou em se unir a outros numa loja/cooperativa?
Pozzer: Nunca pensei, pois há uma grande barreira aos trabalhos em função do viés ideológico.
TSC: Talvez seja uma possibilidade, se juntar com outros artistas conservadores e montar essa ‘loja’. Como se define politicamente?
Pozzer: Um conservador nos costumes, um liberal na economia e um adepto do poder moderador apartidário para manter os poderes em harmonia.
TSC: A qual personalidade se liga filosoficamente?
Pozzer: Não saberia responder, pois li pouco sobre Aristóteles, Platão, Nietzsche e vejo os vídeos do Olavo de Carvalho. Creio que busco me enxergar nesse mundo buscando um espírito virtuoso.
TSC: Quais os próximos lançamentos, haverá novos projetos em breve?
Pozzer: Tenho vontade de fazer a história de 1500 até 1889 para desfazer a desconstrução da parte mais bela da história do Brasil. Vou continuar com a saga das tias do zap.
TSC: Genial, nosso site também busca fazer esse resgate. O Brasil existe desde 1500, não desde um período que favoreça a narrativa dos desinformantes. Estamos adequando alguns textos de quando começamos, para que tenham a estética adequada para este novo momento do site. Por fim, deixe um recado para nossos leitores e seus seguidores.
Pozzer: Meus queridos, vou dar uma pedrada num Golias dorminhoco e volto logo. Prometo tirar o atraso das publicações semanais.

Tribuna Entrevista fica por aqui, eu sou Renata Araujo, do Rio de Janeiro.
SHOW DE BOLA
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Parabéns pelo trabalho, gostei muito da entrevista. Trabalho muito bom.
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Show a entrevista
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Ele é muito bom. É importante que os artistas conservadores assumam este vácuo que momento propiciou.
Não podemos deixar passar em branco, nem deixar a esquerda mandar sozinha no discurso.
Ótima entrevista, Renata.
Parabéns.
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