Libertários Travestidos de Conservadores

[Cultura & Variedades – Opinião Conservadora]

O Brasil tem passado por diversas transformações desde 2013, quando começaram as grandes manifestações contra os governos de esquerda, especialmente os do Partido dos Trabalhadores, que estavam saqueando o país. A insatisfação generalizada deu origem a um movimento antipetista, que muitos confundiram com direita conservadora.

Que tal esclarecermos esse enorme equívoco neste artigo?

Nem todo antipetista é conservador. Assim como nem todo liberal, principalmente os libertários, são conservadores. E temos vários deles em posição de destaque, por dois anos enganando os incautos, e agora estão deixando suas máscaras caírem.

Como podemos diferenciar um libertário de um conservador?

Os libertários adoram posar de “conservadores raiz”. Exibem, como pavões, posturas “conservadoras” mais radicais como defender pena de morte, defender que lugar de mulher não é na política porque, segundo eles, mulher não tem inteligência suficiente para agir na vida pública, que existe mulher para casar, e que todas as outras que não se enquadram em seus ideais não devem ser respeitadas, só para citar alguns exemplos. Tudo para fazer-nos crer que eles são o supra-sumo da honestidade, da retidão e da justiça.

Mas não se enganem!!! São lobos em pele de cordeiro.

Alguns dos principais alicerces do conservadorismo são os valores transcendentais, que moldam a moral e a ética do ser humano. Entre eles, o respeito pelo semelhante, ainda que suas convicções sejam divergentes. O traço mais marcante do conservadorismo é o bom senso e a moderação, a análise racional de todos os fatos e atitudes coerentes com o que cada situação exige. Ou seja, o Conservadorismo genuíno se caracteriza pelo uso da inteligência aliada ao conhecimento. Não é o que acontece com os libertários.

Libertários costumam gabar-se de seus inúmeros livros lidos e suas diversas teorias mirabolantes de como a realidade deve ser moldada aos seus próprios interesses; e aqui chegamos ao ponto crucial desta análise:

Os conservadores legítimos compreendem que uma sociedade só pode crescer com prosperidade quando o bem estar do seu semelhante vem antes do seu próprio lucro. Não é assim que os libertários pensam.

Ainda que se utilizem de pautas conservadoras, como defesa da vida, da família, da liberdade religiosa, da verdade; os libertários não se pautam a si mesmos por elas. Não se furtam em adulterar quando lhes é conveniente. Não se importam de mentir, se a mentira resultar em lucro para seus negócios. Sentem verdadeiro prazer em denegrir seus desafetos, desde que isso lhes mantenha em seu pedestal de hipocrisia.

Não se iludam! Libertários nunca foram, nem jamais serão conservadores. Não passam de atores canastrões em um teatro malfadado, tentando ludibriar aqueles que têm preguiça de usar o cérebro que Deus lhes deu para diferenciar princípios genuínos de discursos baratos.

Deixo aqui o meu alerta, afinal, são pelos frutos que se conhece a árvore.

Eu sou Clara Borges de Medeiros, e esta é a coluna Cultura & Variedades. Espero que apreciem a leitura. Nos vemos na próxima semana.

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